Já perdi as contas de quantas tirinhas sobre o excesso de telas eu já fiz na vida.
Essa é uma das primeiras, puramente autobiográfica:
Estou no Instagram, canso, pulo pro Twitter, canso, abro o e-mail, não tem nada de novo, vou po Face, canso, volto pro Instagram.
Um looping eterno.
Você também já passou por isso?
Pois é. Difícil controlar, ainda mais quando se trabalha com as redes sociais, como é o meu caso.
Isso piora as coisas, aliás, porque acabo misturando distração com trabalho.
Li em algum lugar que as redes viciam igual droga, fazem nosso corpo liberar dopamina, o tal do hormônio do prazer.
Aí lascou.
A coisa é tão potente que abrimos o celular sem perceber.
Quantas vezes me flagrei fechando o Instagram e abrindo na sequência inconscientemente.
É, olha ele aí, o inconsciente.
Dá pra controlar o bicho? Não.
O que dá pra fazer então?
Criar obstáculos.
Desinstalando os aplicativos? Deixando o celular longe? Desativando as notificações? Ligando o modo avião?
Já fiz de tudo, nada disso aí funcionou, eu acabo me sabotando sempre.
Mas uma coisa – somente uma coisa – deu certo:
Desligar o smartphone.
E o computador. E o tablet.
Porque para ligar de novo demora tanto que eu penso duas vezes se realmente é necessário ligar.
E funciona?
Comigo sim.
“Ah, mas e se alguém precisar de você com urgência?”
Aí é que está o pulo do gato: o chip não fica no smartphone, fica aqui:
Sim, um celular de 2009 que não tem WhatsApp, nem Instagram, nem e-mail, nem TikTok.
Um celular que só faz e recebe chamadas e me permite ficar em paz ao permanecer acessível para as pessoas mais próximas.
É assim que eu me desconecto por algumas horas do smartphone sem morrer de ansiedade.
Eu me afasto das telas, mas deixo o chip sempre alerta para receber eventuais ligações.
E o que acontece com minha produtividade quando desligo o celular e o computador?
Te conto no próximo post.
Até lá.
Caetano Cury