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Luz no fim do banho

Quando eu dou um tempo do celular, sinto que um vazio se abre.

A falta das telas me dá vontade de preencher outros espaços.

E o computador está desligado também, não há para onde correr.

O que eu faço então?

Danço.

Aposto que antes de ler a tirinha você imaginou que eu fico literalmente dançando pela casa, né?

Não, ainda não cheguei nesse ponto.

As ideias dentro da minha cabeça é que dançam.

E muito.

Se não estou lendo posts no Instagram, nem e-mails, nem mensagens de WhatsApp, nem assistindo vídeos do YouTube, sobra espaço livre para pensar em outras coisas.

É igual ter ideias no banho, ou dirigindo, ou em qualquer situação em que nossa cabeça está conectada com ela mesma, relaxada e sem distrações.

Você já ouviu falar na “luz no fim do banho”?

Acontece com muita gente.

E tipo, não faço esforço nenhum pra pensar.

As ideias aparecem sozinhas.

Ideias sobre tudo: sobre negócios, sobre família, sobre quais sementes vou comprar para plantar na horta no fundo do quintal.

E ideias para tirinhas, obviamente.

É incontrolável, inclusive. Uma atrás da outra.

É a luz no fim do banho rolando solta por onde vou.

Daí você conclui que eu desligo o celular algumas horas por dia e que por isso passei a produzir mais tirinhas.

Errou.

Apesar da avalanche de ideias, continuo desenhando a mesma quantidade de quadrinhos.

O que mudou, na verdade, é que agora eu passei a fazer uma coisa que tinha vontade, mas me faltava coragem:

Escrever.

Sempre fui muito perfeccionista e bloqueado para escrever.

Mas isso está mudando aos poucos.

E não é só porque estou passando menos tempo conectado.

Tem outro motivo: descobri uma técnica simples para desbloquear a criatividade e que tem me ajudado a escrever sem amarras.

Aprendi essa técnica no livro que estou lendo no momento e gostaria muito de compartilhar com você.

Te conto no próximo post.

Até.

Caetano Cury

Téo e o Mini Mundo
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