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Motim

Penso que sigo
Mas finco meu passo
No traço que faço
Em torno de mim

É tenso esse fico
Destroço, cansaço
O compasso me trava
A vida é assim

O imenso boato
Que tudo é concreto
Não conta de fato
Em conter o motim

O denso retrato
Que pinto no alto
Me aponta o trajeto
Que busco enfim

Em verso desfaço
A couraça que enrosca
Do laço me solto
Adeus camarim

O intenso recato
Que sinto inato
Se perde no salto
De um trampolim

O universo abstrato
Agora é meu palco
Lá danço envolto
Por tenro jardim

Pertenço ao espaço
Do canto de um quarto
Pedaço, no entanto
De um mundo sem fim.

Téo e o Mini Mundo
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