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Quem foi Schopenhauer? Conheça sua história, importância e pensamento filosófico

Conhecido como o filósofo da representação e da vontade, Arthur Schopenhauer influenciou — e continua influenciando — o mundo. A seguir, descubra quem foi Schopenhauer.

Quando você encara o mundo, como o enxerga? Você o vê da mesma forma que as outras pessoas? Ou será que cada ser humano “experimenta” o mundo de forma subjetiva?

Nascido no século 19, Arthur Schopenhauer se dedicou a esse e a outros assuntos envolvendo o mundo e a vida. Tornou-se filósofo reconhecido e desenvolveu obras que influenciaram pensadores que o sucederam, como Friedrich Nietzsche, Sigmund Freud e Richard Wagner.

Enquanto outros filósofos enfeitavam o amor e o colocavam num pedestal cintilante e sublime, Schopenhauer o encarava, digamos, de um modo (para alguns) bem pessimista. Além disso, concluiu pensamentos interessantes sobre livre-arbítrio e outras temáticas.

Gostaria de saber quem foi Schopenhauer, seus pensamentos filosóficos e suas obras?

Quem foi Schopenhauer?

Arthur Schopenhauer nasceu em 1788, na cidade portuária de Danzig (atual Gdansk), Polônia. Ao ser enviado por Heinrich, seu pai, para a França, Schopenhauer foi acolhido pela casa dos Gregórios e, em 1799, ingressou no Instituto Runge, destinados aos futuros comerciantes. Porém, Schopenhauer não queria isso.

O que ele realmente queria era estudar o ginásio e, assim, conseguir ir à Universidade. Com isso em mente, insistiu ao pai para seguir sua ambição. Seu pai, então, lhe propôs duas escolhas:

  • viajar com a família e depois assumir a profissão de comerciante; ou
  • ficar e seguir seu desejo de ir para a faculdade.

Shopenhauer acabou decidindo pela viagem. Nesse período, visitou diversos países e passou a refletir sobre mundo e a reparar nos aspetos belos dos lugares em suas condições sociais.

Por conta da morte do pai, em 1805, e também da insistência da mãe, Schopenhauer retomou seu sonho. Em 1809, ingressou na Universidade de Gotinga, onde, a principio, cursou Medicina, mas logo abandonou por Filosofia.

Durante os estudos, envolveu-se com diversos assuntos (psicologia, história, zoologia) e pensadores (Platão, Immanuel Kant) que futuramente o influenciariam em suas obras.

Em 1813, ao se tornar doutor, iniciou a escrita do livro O mundo como vontade e representação, porém, após publicá-lo, foi bombardeado pelos críticos. Tentou ser professor na Universidade de Berlim, mas sem conseguir incrições em sua disciplina, desistiu.

Em 1836, afim de ser tornar popular, Schopenhauer se empenhou na escrita e leitura. Um pouco depois, foi premiado por sua dissertação pela Academia de Ciências da Noruega. Seu reconhecimento, porém, veio apenas após a publicação de Parerga e paralipomena.

Algumas obras para conhecer melhor quem foi Schopenhauer:

  • O Mundo como Vontade e Representação (1819).
  • Parerga e Paralipomenta (1851).
  • O Livre-Arbítrio (1839).

O pensamento de Schopenhauer

Filósofo da representação

Segundo Schopenhauer, conhecemos o mundo através dos nossos sentidos, e esse conhecimento é organizado de forma subjetiva. Em outras palavras, cada pessoa tem uma representação particular do mundo — eu conheço o mundo de um jeito; você, de outro.

Já que experimentamos o mundo de forma subjetiva, somos incapazes de conhecê-lo como ele realmente é. Inclusive, Schopenhauer afirma:

“Todo objeto, seja qual for a sua origem, é, enquanto objeto, sempre condicionado pelo sujeito e, assim, essencialmente, apenas uma representação do sujeito.”

Tudo o que conhecemos são apenas representações. O mundo real está encoberto por um véu que o torna inacessível. O pensamento de Schopenhauer “conversa” com o hinduísmo, que também considera o real encoberto por um véu: o  “véu de Maia”.

Filósofo da vontade

Para entender o conceito de vontade segundo Schopenhauer, imagine a vontade como sendo o instinto. Por que aves migram? Devido à vontade inerente a elas. Porque macacos acasalam? Mesma coisa.

Porém, a vontade se expressa de outra forma nos humanos. Por quê? Porque diferente dos demais animais, o ser humano tem consciência de sua vontade. Aves migram, mas não se questionam sobre isso. Com humanos a história é diferente.

A vontade se expressa em nós das seguintes formas:

  • vontade de querer viver;
  • vontade de querer possuir;
  • vontade de querer dominar;
  • vontade de querer afirmar-se.

Como Schopenhauer esclarece: “A vida humana, pois, passa-se toda em querer e em adquirir”.

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O que é o amor para Schopenhauer?

Quem foi Schopenhauer quando se trata de amor? Bem, dependendo da sua experiência pessoal, você pode encarar a filosofia de Schopenhauer sobre o amor como pessimista. 

Enquanto outros filósofos viam o amor como um sentimento sublime, como uma prazerosa lufada de felicidade, Schopenhauer acreditava que o amor poderia levar pessoas ao asilo ou à morte. Acreditava que o amor poderia cansar o ser humano e desregular sua vida.

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O livre-arbítrio schopenhauer

Para entendermos o livre-arbítrio schopenhauer, veja os pensamentos do filósofo sobre o assunto:

  • Livre-arbítrio físico: poder se locomover para qualquer lugar.
  • Livre-arbítrio moral: poder fazer o que tem vontade de fazer.

Schopenhauer acreditava no livre-arbítrio, porém, com um detalhe: você tem livre-arbítrio para fazer o que tem vontade, porém, não tem livre-arbítrio para escolher pelo que tem vontade.

Explico. Digamos que você sente vontade de comprar uma camisa. Dito isso, confira os pontos abaixo:

  • Você tem vontade de comprar uma camisa? Sim.
  • Você tem livre-arbítrio para comprar a camisa? Sim.
  • Você tem livre-arbítrio para ter/criar vontade de querer comprar a camisa? Não.

Veja bem, você não pode simplesmente pensar: “Ok, primeiro vou criar vontade para querer comprar a camisa e, em seguida, decidir comprar ou não a camisa”. Você não escolhe ter vontade, a vontade simplesmente está em você.

Schopenhauer diz:

“O homem pode fazer o que quiser, mas não pode querer o que quiser.”

Arthur Schopenhauer: o filósofo da representação e da vontade.

Apesar dos fracassos até ser reconhecido, Arthur Schopenhauer tornou-se um filósofo que trouxe grandes contribuições para o mundo. Suas obras ainda hoje são mencionadas e usadas como objetos de estudos. Suas filosofias reverberam (e permanecerão reverberando) pelo mundo.

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