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Sua avó já deve ter dito isso

Até pouco tempo eu deixava de criar alguma coisa porque achava que não estava completo ou pronto o suficiente para realizar tal atividade. 

Exemplo: dar um curso de aquarela. 

Eu pensava que precisaria de uns 50 anos de prática para abrir minha primeira turma, então só aí estaria pronto para começar.

Que bobagem.

O que é “estar pronto”?

Existe isso?

Existe um fim?

Lembrei agora da sensação que tive quando me formei em Publicidade e Propaganda.

“Nossa, o curso acabou, mas só sei que nada sei.”

OK.

É assim mesmo, não é Sócrates?

“Sei lá”, responde o filósofo.

Tudo bem. 

Li no livro “O Caminho do Artista”, de Julia Cameron, uma frasezinha que me abriu os olhos: 

“Artistas que buscam a perfeição são aqueles que não conseguem alcançá-la em nada”.

A autoria é do pintor francês Eugène Delacroix, que possivelmente aprendeu isso com a avó dele.

Avós do mundo todo costumam dizer: 

“Melhor feito que perfeito”.

Aposto que você já ouviu essa.

É parecido com o que o Delacroix falou.

Tem também um conceito semelhante que a Julia Cameron aborda no livro dela:

A função do artista é fazer o trabalho, não julgá-lo.

Essa ideia me tocou profundamente.

Por isso tenho deixado o algoritmo julgar por mim.

Tanto o digital quanto o biológico.

Quem não gostar, se retira.

E beleza.

E quem gostar, chega, fica e vamos crescer juntos.

Estou aplicando estas lições ao escrever estes posts e ao dar aulas no meu curso de aquarela.

Ah, e também usando estes ensinamentos na minha nova sequência de tirinhas, em que eu mesmo sou o personagem.

Aliás, aqui vai o capítulo 2, em primeiríssima mão para você:

Até o próximo post.

🙂

Caetano Cury


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