A jornalista Raquel Rapini, do site Geekness, escreveu e me mandou uma resenha muito bonita sobre o livro Téo & O Mini Mundo.
Pedi para compartilhar no blog e ela deixou!
Eis o texto:
“Quando pedi o livro Téo & O Mini Mundo eu estava esperando por apenas um compilado de tirinhas do Téo, mas encontrei algo muito mais profundo, que acompanha a evolução do Caetano e, consequentemente, do Mini Mundo.
Nele, temos uma visão aproximada sobre a carreira do autor e suas inspirações na hora de criar. É bonito de ver a influência da família do Caetano em seu processo criativo: sua mãe pintora, seu pai poeta e seu avô contador de causos. O recado do avô sobre seus primeiros quadrinhos com traços infantis é de um lirismo tremendo.
Assim se confirmou o que eu já suspeitava: Téo tem muito de Caetano; Caetano tem muito de Téo.
Nos quadrinhos, temos representações de um ponto de vista admirável sobre os instantes efêmeros e também sobre os detalhes da vida que passam despercebidos no fluxo frenético do cotidiano.
Eu me identifico muito com o Téo. Ele está sempre atento às pessoas e coisas que acontecem ao seu redor como um observador distante, mas ainda de maneira muito íntima. Não à toa, ele possui um microscópio para isso. Essa visão microscópica permite olhares mais aprofundados sobre tudo.
Sempre fui mais observadora do que participante ativa de interações sociais. Até por isso, durante os momentos vagos do meu dia, gosto de me debruçar na sacada ou na janela do meu apartamento para ver as pessoas vivendo, lá embaixo. Mas é um pouco difícil traduzir certas sensações do mundo, questionamentos e observações, narrativas que acontecem, a todo momento, dentro da minha cabeça.
Daí, eu conheci o Téo. Que, através de suas introspecções tão sintetizadas e seus diálogos com Eulália (na minha interpretação, ela é outra voz introspectiva; uma peça fundamental do autoconhecimento), comunicam muito do que está dentro de mim. Até as doses de melancolia quando vejo as mazelas do mundo, e me sinto impotente diante da minha condição de observadora.
Foi muito divertido encontrar algumas situações familiares, como quando ele ouve música e entra em um mundo paralelo, o qual ninguém imagina que ele acessa através dos fones de ouvido. Também descobri que temos o mesmo gosto musical, e esta é uma das conexões que eu mais prezo.
O Téo traz doses equilibradas de filosofia, melancolia e inteligência emocional. Por isso, ele tem sido um companheiro muito próximo meu, que me ajuda principalmente em dias que são difíceis de lidar com a realidade que aparece nos jornais.
Em sua própria jornada de autoconhecimento, o Téo tem sido uma presença fundamental na minha.
Eu devorei o livro em pouco tempo, mas já o deixei na minha mesa de trabalho. Afinal, é o tipo de conteúdo que deve ser lido repetidas vezes, porque sempre encontramos um novo olhar sobre ele. Há de ser útil também naqueles dias em que eu sinto muito, e o Téo é capaz de me deixar com um sorriso sincero.
A arte é potência necessária aos dias de hoje, mais que nunca. A arte de Caetano é transformadora: tem muito de seu coração no Mini Mundo, e isso é um ato de coragem admirável.
Nesse mundo que carece de tanto, principalmente de ver as coisas sob as mais diferentes perspectivas e também de vê-las com o coração, o Téo é essencial para resgatar nosso senso de humildade e para lembrar que, atento às pequenas coisas da vida, se aprende lições engrandecedoras – sobre si mesmo e sobre os outros.
Téo & O Mini Mundo é para ser lido com o coração.”
Muito obrigado por tanta gentileza, Raquel!
Téo & O Mini Mundo é para ser lido com o coração – Por Raquel Rapini
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Uma resposta para “Téo & O Mini Mundo é para ser lido com o coração – Por Raquel Rapini”
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Que coisa linda de resenha! Me senti representada nas palavras da Raquel.
Seu trabalho é maravilho, Caetano! Sou apaixonada pelo Mini Mundo.
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