Não sabia se era céu ou aquarela.
Eram 18h35, 06 de dezembro de 2021, vulgo ontem.
O sol estava vermelho de sono.
Coberto por nuvens cor de chumbo, chuva acumulada.
Uma mistura de azul ultramar com terra de siena queimada.
Pigmentos concentrados numa grande mancha de água.
Mas tinha um buraco entre as nuvens.
Ali o sol bocejava envolvido por um cetim ciano.
O cenário era assim composto:
- 94% = nuvens pesadas;
- 05% = sol e céu;
- 01% = garças.
Minha casa fica na rota das garças.
A essa hora, as garças de toda a região se recolhem em uma ou duas árvores ao norte da cidade.
Vi dezenas delas com seus pijamas brancos riscarem as nuvens chumbosas.
Acentuado contraste.
Mas, em determinado ponto do céu, acontecia uma mágica.
As garças ganhavam um beijo de boa noite do sol.
E ficavam cor de laranja.
Cor de pôr do sol.
Aves radioativas brilhando no céu contra nuvens escuras ao fundo.
Não dá pra ver quase nada, né?
É… Eu sei.
A foto de celular não se compara à magia da experiência real.
E essa é a sensação que você terá ao ler o Click Plock, meu primeiro livro infantil, a história de uma menina que não sai do celular.
Para quem apoiou pelo Catarse, o livro já está a caminho.
E vou te contar uma coisa muito boa, caso você não tenha conseguido comprar durante a campanha ou queira garantir mais um livro:
Fizemos alguns exemplares a mais que serão vendidos na Lojinha do Téo!
Que dia?
Te conto no próximo post.
Até!
Caetano Cury