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Um pé em cada canoa

Hoje é tipo um aniversário meu.

É que faz exatamente dois anos que eu vivo exclusivamente de arte.

Antes eu era radialista.

Comecei aos 16 anos. Com 34, me “aposentei”.

Na época eu era apresentador e repórter da Rádio Bandeirantes de São Paulo.

2019.

Pedi as contas em setembro porque queria viver de arte.

Em 1º de outubro, minha nova vida começou.

Ou recomeçou.

Na prática, minha carreira nos quadrinhos teve início aos 5 anos de idade.

Ali eu comecei a desenhar e nunca mais parei

 Criança, eu sonhava em fazer quadrinhos e livros infantis quando adulto.

É como se a arte fosse um propósito de vida.

O curso inevitável de um rio.

Mas no meio do caminho apareceu o rádio, outra paixão.

Ainda bem.

O trabalho no rádio me ensinou muita coisa.

Incontáveis lições para a vida.

Além do mais, me deu condições de fazer quadrinhos e aquarelas com calma.

Tendo um emprego fixo, eu não precisava tirar meu sustento da arte.

Assim tudo foi mais leve.

Durante 17 anos trabalhando em emissoras de rádio, entre elas a BandNews FM e a CBN, nunca parei de desenhar.

Em alguns períodos, tive contratos remunerados como ilustrador.

Cheguei a desenhar para uma coluna da Folha de S. Paulo, por exemplo.

Mas a arte ainda estava longe de ser minha principal fonte de renda.

Continuei praticando, publicando nas redes sociais, fazendo cursos de pintura, lendo livros de administração e filosofia, ouvindo podcasts sobre a vida de quem trabalha por conta própria.

Montei a grade curricular dos sonhos: a faculdade de mim mesmo, um conteúdo sob medida.

Passei a ler, assistir e ouvir tudo aquilo que pudesse me ajudar de alguma forma a realizar minha vontade de criança.

De taoísmo a marketing digital.

De teoria das cores a gestão do tempo. 

E também contei com a ajuda de pessoas muito especiais, como o Cordeiro de Sá, que editou o primeiro Téo & O Mini Mundo.

A publicação do livro me deu segurança para fazer essa virada e embarcar na nova (velha) carreira.

É como a história da canoa, uma metáfora que aprendi com a amiga Adriana Gomes, autora do livro Tô Perdido! Mudança e Gestão da Carreira.

Se você precisar pular de uma canoa para outra, não salte com os dois pés, pois a embarcação pode balançar e te derrubar na água.

O ideal é, se possível, ter um pé em cada canoa, ter equilíbrio para fazer uma transição suave e mudar de área quando se sentir seguro.

Depois é só aproveitar o curso do rio.

🙂

E vamos agora para o antepenúltimo capítulo da nossa novelinha:

Anote na agenda: quarta, 06 de outubro, 19h00.

Caetano Cury


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